"Surfar é uma arte e há muitas linhas diferentes para desenhar em uma onda" Kelly Slater







segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cypher Vision – A Short Film.



Há um tempo, cerca de duas semanas, ou um pouco mais, não sei ao certo, encontrei durantes as minhas surfadas na internet um filme produzido pela Quiksilver que dura cerca de 14 minutos. 14 minutos formam um filme? Nesse caso sim.


A idéia inicial era de divulgar uma nova linha de bermudas da marca, mas na minha humilde opinião eles foram além. Em vez de divulgar simples bermudas, os produtores acabaram divulgando uma nova forma de mostrar o surfe.


Essa nova formula já vem sendo explorada em outros esportes durantes as transmissões televisivas, porém nunca tinha visto essa tecnologia sendo usada para mostrar as mais incríveis manobras de alguns dos melhores surfistas do mundo, sendo que esse time é encabeçado mais uma vez pelo Careca, Kelly Slater.


A fórmula mágica é simples. Pegar as melhores câmeras que existem, estas que já são chamadas de “super câmeras” e colocar-las dentro da água. O resultado é impressionante. Podem-se ver todos os detalhes, desde o posicionamento dos pés, até a musculatura do atleta trabalhando e toda a água voando em uma velocidade mínina. Um prato cheio para os amantes do surfe e daqueles que ficam o dia todo vendo vídeos de surfe tentando aprender alguma coisa.


O problema era que apesar do download ser gratuito, não conseguia disponibilizar o vídeo, porém esse problema é coisa do passado, hoje eu encontrei esse vídeo no YouTube, disponibilizado pela própria Quiksilver, e agora imediatamente já coloco aqui no blog para que todos possam desfrutar desses 14 minutos mágicos de imagens impressionantes.


Curtam muito.


O Link para download é: http://www.surfline.com/video/kelly-slater-quiksilver-cyphervision



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Big Wednesday - Noronha

Foto de Aleiko Stergiou - Site Waves


A escassez de ondas no litoral paulista me fez olhar para outros mares. Semana passada aconteceu na paradisíaca ilha de Fernando de Noronha o 1° evento WQS (antiga divisão de acesso do surfe mundial, já que agora o ranking será unificado) 6 estrelas Prime, que rende a maior pontuação e grande premiação em dinheiro.


Por conta dessa grande pontuação (equivalente a um 3° lugar no circuito principal) vários surfistas de renome apareceram em águas Tupiniquins. Porém esse campeonato aconteceu com uma ondulação modesta e foi vencido pelo Top mundial C.J. Hobgood contra o brasileiro (ainda sem patrocínio) Raoni Monteiro.


C.J. Hobgood saiu do Brasil super contente, mas deve ter ficado um pouco amargurado caso tenha visto as imagens das ondas que apareceram em Noronha essa semana. Pois é, agora o palco é um pouco diferente, estava acontecendo uma etapa do campeonato nordestino, e as ondas resolveram aparecer, e apareceram gigantes!


Quarta-feira quebraram ondas de 5 metros em plena Cacimba do Padre. E os surfistas que estava presentes se esbaldaram nas paredes azuis de Noronha. O campeonato foi paralisado devido a situação perigosa que se mostrava o mar, mas algum gênio resolveu promover um “mini” campeonato, objetivo: pegar a maior onda e realizar a melhor performance.


Esse “mini” campeonato (que de “mini” não tinha nada) foi batizado de Big Wednesday, a idéia foi retirada de um dos melhores filmes de surfe de todos os tempos, que leva exatamente esse mesmo nome.


O filme de 1978, que inclusive já foi tema de texto neste blog, retrata a vida de 3 amigos na época da guerra do Vietnã, mostrando que mesmo com tantos problemas, de tantas mudanças, o surfe era “cola” que os mantinham juntos (alias, procurem este filme, por que tenho certeza que os amantes das ondas vão se apaixonar pelas imagens e pelo excelente roteiro do filme).


Voltando a Noronha, os surfistas entraram no mar com a “cara e a coragem”, sem auxilio de Jet-ski’s, apenas na força de seus braços e alma.


O resultado não importa tanto quanto o amor ao mar que esses surfistas têm, por que a premiação era de 3.000 reais para a maior onda e 2.000 reais para a melhor performance, esse valor não se compara a uma vida perdida no mar, então, eles não foram atrás de dinheiro, foram atrás das ondas e da gloria de descer uma bomba de 5 metros de altura na Cacimba do Padre com todo mundo vendo.


Saulo Junior e Bruno Santos foram coroados com a maior onda e melhor performance respectivamente e saíram do mar com a coroa de vencedores, mas todos os surfistas que encararam aquelas ondas mereciam uma medalha (no mínimo), pela coragem!


E pensar que aqui vivemos esse Flat (falta de ondas) por tanto tempo, tantos dias seguidos. Não digo que o ideal era que esses 5 metros de onda migrassem para cá, mas que viesse algum resquício, para fazer a alegria da galera por aqui, não seria nada mal.


O pior é que agora vem o maior feriado do Brasil, carnaval, de estradas lotadas, praias lotadas (e como sempre SUJAS), e o pior, aquele crowd infernal, mas o que se vai fazer, vida de surfista paulista é assim mesmo, quem sabe netuno não nos prepara uma surpresa e nos agracia com um mar épico em ritmo de samba!? Acho que vale a pena conferir. Bom carnaval a todos, juízo com a bebida e com as festas... Sambem muito, divirtam-se muito e se possível, boas ondas!!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Super Bowl ou Super Show?

Neste último domingo aconteceu o maior evento esportivo norte americano, o Super Bowl em sua 44° edição. Para quem não sabe o que é o Super Bowl, é a grande final do futebol americano.

Já conhecido por ser um mega evento, a cada ano eles se superam, e transformam uma “simples” partida em algo quase indescritível. E o resultado são milhões de pessoas ao longo do mundo grudados na telinha para assistir por algumas horas um bom jogo de futebol americano.

Realmente eles possuem o conhecimento de realizar espetáculos... Quem sabe isso não inspira um pouco os organizadores dos grandes eventos que teremos aqui no Brasil.

Coloco 2 vídeos abaixo mostrando o “pequeno” show realizado durante o INTERVALO da partida, com uma “pequena” banda chamada The Who! Apreciem...





domingo, 31 de janeiro de 2010

Rebatendo a Melancolia


Essa semana foi toda dedicada a observar as ondulações que estavam chegando (ou não chegando a costa paulista). Sites e mais sites de previsão de ondas, boletins especiais e parecia que nada estava a caminho.


Mas a vontade de surfar estava alta demais, quase insuportável, foi ai que surgiu aquele brother, aquele parceiro de surfe para fechar um bate volta arriscado nesse sábado meio nublado.


Chegamos muito cedo ao Píer de Mongaguá, com aquela expectativa de ver pequenas marolas, mas para nossa surpresa, tinham belas ondas, não muito grandes, mas perfeitas, sem vento. Ver aquelas ondas encheu o coração de alegria, saímos correndo para o carro, arrumamos as pranchas em pouquíssimos minutos e fomos direto para dentro do mar.


Mas nada é perfeito, ao entrar na água descobrimos que havia uma correnteza forte, que teimava em nos jogar para o píer. Logo mudamos de lado, e fomos por dentro do píer mesmo para o lado direito. Desse lado as ondas estavam excelentes, esquerdas quebravam perfeitas.


Para ser bem sincero não encontrei nenhuma grande onda naquele começo. Meu amigão, Caio, já estava em total sintonia com o mar, quebrando as ondas como sempre naquele seu estilo imbatível, com um surfe super forte.


Depois de um tempo, saímos do mar, e voltamos a tentar entrar do lado direito do píer, onde estavam as melhores ondas e dessa vez passamos a arrebentação com muita tranqüilidade, sentamos lá no fundo e esperamos as séries que chegavam a um bom metro de face.


Surfar com o Caio é uma experiência muito legal, por ele passar as melhores dicas de como executar as manobras. Depois de um pouco de informações apontou uma série incrível no horizonte, e ele já me gritava: “Olha essa direita, rema, rema, rema...”.


Posicionei-me certinho no pico da onda, remei muito pouco e já estava surfando. Fiz 3 manobras com muita força, tentando colocar tudo aquilo que imaginava e que queria fazer, terminei a onda extasiado.


Quando estou voltando para o fundo, começo a escutar gritos e mais gritos, observo o line up, (a galera posicionada no fundo) e vejo meu brother louco, super feliz pela onda que tinha feito. Segundo ele, água voava por todos os lados, suas palavras resumem bem: “Mano, você quebrou!!!!”.


Não podia estar mais feliz, mas logo descobriria que o investimento em minha nova menina mudaria minha vida para sempre, uma divisão de águas. Outra série igual se aproximava, estava no local perfeito para entrar na onda, só que dessa vez, não fui sozinho.


Um para a direita e o outro para a esquerda. A onda quebrou na mesma qualidade para os dois lados, e ambos fizeram suas ondas com maestria, salvo as diferenças e nível de surfe, ambos quebraram tudo! Não sei dizer se essa onda foi ou não melhor que a anterior descrita, mas a sensação de fazer tudo aquilo que você pensa na onda, é a melhor coisa que existe. Era tudo o que eu precisava, estava de cabeça feita, e a paz tinha voltado ao meu espírito.


Mas ainda faltava a derradeira, aquela última onda que não podia deixar de descrever. Depois de um papo técnico, o Caio me sugeriu que eu escolhesse duas opções para realizar na onda, uma era acelerar tudo que podia e tentar fazer uma manobra que em resumo é deslizar por cima da crista da onda, e a outra era acelerar ao máximo e tentar dar uma batida com toda a força que eu tinha.


A opção escolhida foi a segunda, desci a onda e comecei a acelerar, com tudo. Vi que a onda começava a emparedar toda e que ela ia quebra muito em breve. Preparei a “cavada” na base da onda e subi 90° graus (segundo o próprio Caio que apenas observava para dar sua opinião depois), bati na onda já quebrando e a prancha voltou sozinha, finalizando a melhor manobra que eu já fiz na vida.


Simplesmente não acreditava no que via, no que fazia, e no que ouvia. Foram as melhores ondas dos últimos tempos, e provavelmente as melhores ondas que surfei em toda a minha vida.


Para fechar o surfe, o Caio remou em uma onda da série, uma esquerda poderosa e linda, abrindo muito a parede, depois de uma manobra forte na crista da onda, a onda começou a conduzir-lo para o Píer, ai meus amigos, o surfe foi por dentro do píer mesmo, até passar ao outro lado. Gritos e mais gritos...


Sensacional! Apenas isso...



Caião valeu pelo surfe cara, altas ondas, altas risadas, altas dicas. Obrigadão cara, de verdade, por que você esta me ajudando a evoluir demais. Fora que é viajar com você, é simplesmente muito legal, muito engraçado, excelente companhia, excelente parceria. Que a próxima venha logo...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Melancolia...

As férias já estão acabando, logo mais, tudo volta ao normal, aquele estresse semanal quase insuportável, de transito insano e horário a cumprir. A liberdade começa a tomar seu rumo a sombria prisão da rotina.

Além de tudo isso, esse tempo, sempre nublado, com chuvas insanas, parecem deixar tudo isso mais intenso, mais melancólico, mas deprimente.

Todos os dias em casa, sem ter muito que fazer e apenas pensando nas ondas que quebram por ai, em algum lugar. Nestes últimos dias tenho visto uma série de campeonatos ao vivo pela internet e me imaginando a cada momento descendo alguma onda, sentindo aquela brisa maravilhosa no rosto. Só imaginação.

Parece que tem alguém mais de férias além desta pessoa que aqui escreve. Parece que Netuno, tirou uns dias, pelo menos da nossa costa paulista. Infelizmente, as ondas sumiram, mesmo com esse tempo estranho, cheio de frentes frias, nada de onda, para meu total desespero.

As férias estão acabando e nada saiu muito como planejava. Queria tirar aquela semaninha clássica, na praia, para encerrar com chave de ouro as férias, e chegar totalmente carregado para este novo semestre, que promete ser bem movimentado.

Nada de ondas... Nada de surfe... AAAAHHHHH que desespero!

Ainda há uma esperança no final do túnel, quem sabe um surfe bem forçado no final de semana, mas que seria fundamental para lavar um pouco a alma, lavar um pouco essa “depressão” que me atinge, e tenho certeza que atinge também a todos os surfistas quando ficam tempo demais longe das ondas.

Vamos lá Netuno, manda umas ondas para nós, para acabar com essa melancolia insuportável!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Avatar.



Não é mais um besteirol americano. A mega produção de Hollywood, que aparentava aos meus olhos ser mais um filminho cheio de efeitos especiais e sem enredo nenhum me surpreendeu de forma estonteante.


A verdade nua e crua é que Avatar é um excelente filme e que recomendo a todos. Se possível vejam o filme em uma sala 3D, que simplesmente da um nó no cérebro, quem nunca viu, como eu até o momento não havia visto, vai se impressionar.


Dica. Sentem-se no meio do cinema, não muito no fundo, para poder curtir os efeitos 3D, e quem sabe, vocês saiam com a mesma impressão do filme que eu sai.


Não vou falar mais nada para não estragar a festa, assistam, vale muito a pena!!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sempre juntos... No coração e na Mente!


Temos aquela falha noção de que nada nos atinge e que tudo dura para sempre, incrível como realmente ignoramos o ciclo da vida, de como as vezes somos até egoístas com isso, mas a natureza é sabia, tudo tem seu tempo, tudo tem sua razão.

A exatos 7 dias, um grande amigo se despedia deste mundo. Despedia-se também de seus amigos.


O triste é que mesmo sabendo que um dia isso ia acontecer, simplesmente não acreditava que um dia ele iria nos deixar, que um dia ele fecharia os olhos e nunca mais os abriria. Que nunca mais ele viria me cheirar, com o rabo abanando, para me cumprimentar ao entrar em casa.


Meu cachorro, o Tairo, esteve comigo desde meus 11 anos, cresci brincando com ele (quando ele estava afim, claro), e hoje sinto sua falta como nunca imaginava que sentiria.


Sabe, já tive um tempo para pensar, um tempo para refletir sobre a vida e a morte, mas mesmo assim não consigo entender-la bem, acho que é algo particular e cada pessoa tem um jeito de lidar com isso. Ando tendo dificuldades.


Digo por experiência própria que não é fácil, não é bacana, mas temos que deixar ir, por que não há nada que possamos fazer, é algo natural, não é?


A verdade que nos últimos dias passei a lembrar de tantos momentos junto dele, de quando ele chegou, de quando ele começou a crescer, de como ele correria, de como ele muito do safado pulava na minha cama e simplesmente bagunçava tudo até sossegar e dormir com a cabeça no meu travesseiro.


Lembro-me até o dia que ele me deu uma bela mordida no braço, da qual carrego até hoje as cicatrizes de seus “dentinhos”. A verdade é que ainda ele esta muito presente, e pretendo que continue assim, por que podemos deixar-lo ir, mas esquecer-lo, jamais!


Hoje ele descansa pertinho do meu quarto, num jardim, que vai ficar muito belo tenho certeza disso, que por hora tem uma belíssima flor “marcando” seu dormitório eterno.


Hoje fazem 7 dias meu amigo, e você continua mais que presente no meu coração e de todos aqueles que te amaram como um irmão, um filho, um amigo.


Tairo, onde você estiver, leve alegria para quem estiver pertinho de você, a mesma alegria que você nos deu a vida toda, por que dessa alegria nos usufruímos tanto que nossas vidas se tornaram mais bonitas.


Não sei como, mas vamos aprender a viver sem você, mas ai que esta a grata satisfação, não vamos viver realmente sem você, pelo menos não espiritualmente.


Quem sabe não nos vemos novamente, algum dia... algum dia...


Hoje fazem 7 dias meu amigo...