Mais um natal chegou... Espero que todos vocês, leitores do Deslizando nas Ondas, amigos, tenham um ótimo natal e um maravilhoso ano de 2010.
Ano que vem estaremos juntos novamente para dividir bons momentos...
Mais um natal chegou... Espero que todos vocês, leitores do Deslizando nas Ondas, amigos, tenham um ótimo natal e um maravilhoso ano de 2010.
Ano que vem estaremos juntos novamente para dividir bons momentos...
(esse texto não é um texto comum, onde há aquela eterna preocupação com o português mais polido, este é um texto do coração, um texto de despedida de um ano onde redescobri o prazer de surfar, onde consolidei grandes amigos dos mares, um texto que descreve de forma sincera e breve o que foi o surfe de hoje...)
A previsão era de boas ondas, de um swell “fraco”, mas consistente, com um bom período e boa direção para quebrar boas ondas na praia que tanto gosto de surfar.
Mas esse swell fraco se demonstrou valente demais, com ondas de até um metro (metrinho como se fala na boa e velha gíria), e ótima formação na maior parte do tempo promoveu um ótimo surfe e principalmente ajudou com que o objetivo deste bate-volta fosse atingido.
A idéia era juntar o maior número de amigos no outside (após arrebentação), para fazer uma “confraternização” de final de ano. Infelizmente algumas pessoas super importantes não puderam comparecer, em principal senti a falta de 2 grandes amigos.
Um deles, brother desde os tempos de colégio, amigo daqueles que valem muito. Daqueles amigos que já dividiram o line up milhares de vezes, porém como faz tempo que não surfamos juntos hein velho!?
Tudo bem cara, não vão faltar oportunidades, mas como queria que você estivesse lá também para curtir os momentos que dividimos hoje. O mar lisinho, boas ondas, sol, e muitas risadas (como sempre). Mas foi como te falei, de uma forma ou de outra você estava lá.
O outro compadre de surfe, este mais novo na família, estava trabalhando, como todos os finais de semana (ou a maior parte), tenho certeza que com seu pranchão ia pegar uma quantidade insana de ondas até o ombro baleado pedir arrego.
Mas hoje foi dia de 4 amigos na água. 3 irmãos para mim (um ainda por cima é de sangue, rsrs), que surfaram com raça e amor.
Entre manobras radicais do brother da faculdade, que cada dia que passa, me impressiona ainda mais, por possuir uma “patada” impressionante, que a cada vez que é “solta” parece dar um tapa no marasmo, um “descarrego” do estresse paulista, show de surfe mais uma vez.
A sensação mais legal que se pode sentir no surfe é a galera gritando a cada onda, a cada manobra acertada e aquela básica gargalhada nos caldos, tudo que o surfe tem de bom pudemos desfrutar hoje.
A despedida com os amigos deste ano foi incrível, memorável em boas ondas na santa Riviera.
Valeu Ju, por mais um dia de surfe, por mais um dia juntos na água, dessa alegria que só nos 2 sabemos o que significa, de estarmos juntos no mar. Que venham muitos outros bons mares em 2010!
Valeu Lukitas, show de surfe cara, show de companheirismo. Tenho certeza que a cada tentativa você estará mais perto da sua primeira e grande onda, aquela que vai te acompanhar por anos a fio no coração.
Valeu Caião, mais um dia incrível, de altas manobras, é muito bom ter você no mar com a gente, elevando o nível do surfe, e dando aquela “estigada” em todos para tentarem soltar as manobras e aprimorarem o surfe.
QUE VENHA O FINAL DE ANO, O TRADICIONAL SURFE DO DIA 31 A TARDE E O SURFE DO DIA 1° PARA ENCERRAR E COMEÇAR TUDO DE NOVO!
Acabou o World Tour 2009, como já adiantei no texto anterior o dono da coroa é o Mick Fanning, porém após a final do Pipe Masters 2009 que podemos fazer a analise final do ano.
Ontem o campeonato de tubos no Havaí teve um desfecho triste, um desfecho melancólico para os amantes deste campeonato, simplesmente por um “erro” ou por falta de confiança dos organizadores em esperar o próximo swell. Explicarei.
O Havaí recebeu pelo que dizem os comentaristas de surfe, a melhor ondulação dos últimos 40 anos, em termos de tamanho e duração, tanto que o mais esperado campeonato de surfe do ano rolou já no primeiro dia de espera.
Porém o que se viu na final não teve nada de grande ou emocionante, está ai o erro ou desconfiança que me referia antes. As baterias finais rolaram em ondas que nada lembravam Pipe, principalmente as ondas da final, que nem tubos tinham, da para acreditar? Quem acabou se beneficiando disso foi o australiano Taj Burron que venceu o 9 vezes campeão do mundo e 6 vezes campeão em Pipe, Kelly Slater.
Pois é, um desfecho que nada combinou com as ondas e com o campeonato mundial de forma geral, até por que para quem acompanhou e gosta de assistir as competições, viu que este ano foi espetacular, onde um brasileiro chegou bem perto de poder vencer. Adriano de Souza, o Mineirinho vem surfando muito, e fechou o ano na 5° colocação após um mal resultado em ondas havaianas (sendo que tinha chego a Meca do surfe na 3° colocação).
Mas tudo bem, mais um ano de surfe, mais um ano de assistir shows incríveis dentro da água. Mesmo não sendo fanático pelas competições esse ano me animou, por estar mais nivelado, por existir uma melhora na escolha dos lugares onde rolam os campeonatos e por uma melhora no nível de julgamento.
Por falar em melhora, devemos tirar o chapéu (talvez pela primeira vez) para a ASP, que resolveu ontem mesmo, antes de terminar o campeonato em dar um wild card (convite) para Neco Padaratz, que teve de abandonar o tour do ano passado devido uma gravíssima contusão na coluna cervical.
Neco é um dos caras mais bacanas desse mundo pequeno das competições, um cara que não tem o menor medo de demonstrar seus sentimentos e seus pensamentos. Ele estará competindo de novo ano que vem, ao lado de outros 3 brasileiros, Adriano de Souza, Jadson André e Marco Polo.
O esquadrão brasileiro terá pela frente além do Bi-campeão mundial Mick Fanning, do Alien Careca Kelly Slater, do Parko (entre outros tantos) o tri-campeão Andy Irons, que também volta ao tour com um convite da ASP.
Ano que vem vai pegar fogo com a volta do “arqui-rival” de Slater, e com o reforço de Neco. Em fevereiro poderemos conectar-nos por horas a fio novamente para ver o show que esses caras dão em ondas de sonho. Quem sabe, ano que vem não vem uma taça!
Enquanto isso, vamos aproveitar as ondas e o verão, rezar para que netuno seja companheiro em mais um ano, já que o verão do ano passado rolaram vários dias seguidos de boas ondas. Que nosso humilde surfe seja abençoado por ótimas ondas e pouco crowd (risos!)
Está decidido, o Circuito Mundial de Surfe, o “World Tour” tem seu novo campeão. Não é uma nova figura e sim um campeão mundial que levou o caneco. Mick Fanning ganhou na última etapa (que ainda esta acontecendo no Havaí) seu bi-campeonato.
A disputa estava entre ele e seu amigo de infância, Joel Parkinson, que precisava apenas de um resultado melhor que seu amigo e adversário para se sagrar campeão pela primeira vez e realizar uma justiça a seu espetacular surfe, mas mais uma vez não aconteceu e Parko continua sendo uma promessa que não se tornou realidade.
Li esses dias em uma revista especializada em surfe uma analogia perfeita sobre os 2. O Cronista comparou-os com as seleções de futebol da copa de 82, e vi que é perfeita a comparação.
Para o cronista Fanning era a terrível e disciplinada seleção Italiana e Parko era o Brasil, que jogava maravilhosamente.
Fanning sempre foi um dos melhores competidores do Tour, com manobras incríveis, velozes e dono de um preparo físico inigualável, o australiano sempre colocou pressão em seus adversários que sabem de sua capacidade. Itália!
Parko, já possui um estilo único, solto, relaxado, que fazendo curvas e rasgadas que as ondas pedem, e as realiza com exatidão de um solista em uma sinfônica. Muitas vezes criticado por “especialistas” que não é tão radical e por isso as vezes não passa as baterias, mas em minha humilde opinião Parko é um dos caras mais radicais simplesmente por não o ser o tempo todo. Não entenderam? Bom, ele é um dos caras mais radicais simplesmente por não ser insano por resultados e apenas por curtir o que as ondas lhe proporcionam (dentro dos limites de qualquer atleta competitivo).
O triste é ver que mais uma vez o belo surfe perdeu para o surfe mecânico e ultra-eficiente, sendo que o surfe não é só isso, o surfe ainda é beleza, coisa que parece ser menos julgada ultimamente.
Mas tudo bem, sem alardes, o título esta em boas mãos, acho que todos que curtem assistir os campeonatos de surfe sempre vibram e aguardam as batérias de Mick Fanning, sabendo que vem um show de velocidade e força. Valeu o Bi-campeonato.
Ainda essa semana esta rolando a última etapa, o Super Ball do surfe, em Banzai Pipeline, no Havaí, já esta na fase final, devendo acabar entre hoje ou amanha, dependendo apenas da organização colocar as batérias na água.
Nesses últimos 3 dias, Pipe, deu ondas incríveis sempre na casa dos 8 pés nas séries, que rendeu um monte de notas 10 perfeitas, rendeu um show animal do alien careca Kelly Slater, que mais uma vez abusou da ousadia a entrar na água com uma prancha super pequena (5’11 – 5 pés e 11 polegadas!) e com 4 quilhas. Inovador ou maluco? Acho que maluco, por que ninguém copia o cara, todos os outros mortais continuam com suas big pranchas.
Bom, deixo postado um vídeo dos melhores momentos do 5 dia de competição com ondas que passaram os 2.5 metros, e um link para aqueles que quiserem se plugar para assistir as melhores ondas do mundo na sua fase final, as transmissões tem começado a partir das 16 horas locais. Abraços e boas ondas!!!
PS: De olho no horizonte, previsão de 2 a 3 metros na nossa costa, altas ondas, alto surfe, mas tome cuidado, por que o mar vai estar bravo... juízo e divirtam-se botando para baixo nessas morras incríveis!!!
Nessa última quinta-feira aconteceu na UNIBAN, uma universidade “conhecida” em São Paulo, um ato de barbárie total. Algo que não se via em tempos modernos e que diretamente lembrou épocas antigas onde esses atos insanos ocorriam corriqueiramente, onde as mulheres eram perseguidas, apedrejadas, queimadas, enforcadas por atos inventados pelos homens.
Caso vocês não tenham visto essa notícia na televisão ou nos jornais, assim como eu não tinha visto até hoje, não sabem a realidade de nosso país, não sabe a realidade da geração que logo será os “comandantes” de nosso país, do real nível de hipocrisia que existe.
Bom, vamos aos detalhes... Nessa última quinta feira, uma aluna do curso de Turismo da universidade já citada foi a aula com um vestido curto, um vestido que segundo os alunos era INDECENTE para os padrões brasileiros!!!! A atitude desta moça ir a universidade usando um vestido ousado gerou uma das cenas mais estúpidas que já vi na vida!
Ao entrar na universidade essa moça começou a sofrer insultos pelos alunos, até que a TURBA se descontrolou de vez, a ponto de ameaçar-la de ESTUPRO, parece piada, mas não é, por que a moça teve que de se refugiar em uma sala de aula para não ser agredida fisicamente, junto a funcionários da Universidade e a coisa ficou tão séria que a PM teve que intervir, escoltando a moça para fora da universidade.
O vídeo que coloco junto a esse texto mostra a quantidade de HIPÓCRITAS gritando a plenos pulmões “PUTA” enquanto a moça era escoltada pela policia que tentava conter os “manifestantes”.
Impressionante é a capacidade das pessoas serem tão estúpidas. (Na verdade quis escrever sobre o caso por conta do nojo e da vergonha que senti vento as imagens e lendo as reportagens).
Num país que se diz moderno, que se postula a uma nova potencia mundial, ter esse tipos de cenas vinculadas a uma UNIVERSIDADE PARTICULAR, onde em teoria os alunos possuem um nível cultural maior, já que estes correspondem a baixíssima porcentagem de cidadãos brasileiros que cursam o ensino superior, não pode EXISTIR AINDA ESSE NÍVEL DE ESTUPIDEZ.
Não me importa nem um pouco o quanto era curto o vestido ou o quanto era indecente, o que importa é a atitude das pessoas, mostrando que ainda falta muito a evoluir.
As cenas do vídeo me fizeram pensar o que poderia ter realmente acontecido com essa moça, ou o tanto de outras coisas acontecem por ai sem termos conhecimento. Essas cenas me fazem lembrar um fanatismo estúpido, de tempos sem liberdade de expressão, de tempos preconceituosos, de tempos de repressão...
Assistam as imagens, leiam algumas matérias e tomem suas próprias conclusões afinal não estou aqui perante o computador para formar opiniões, e descubra em você mesmo o quanto isso te afeta, julgue se te parece normal ou realmente você divide essa sensação de nojo, de repulsa, comigo!
Para terminar, só gostaria de acrescentar que este Blog visa sempre a liberdade cultural, e principalmente a liberdade de expressão e que abomina atitudes como as tomadas por esses “alunos universitários”.
Fonte de reportagem. Folha Online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u645987.shtml
Fazia já um tempo que não fugia um pouco do mundo, que não abandonava essa cidade louca para a calma do mar. Terça feira passada foi um desses dias de fuga, fuga para o azul do mar.
Cinco e meia da manhã e já estava de pé, arrumando tudo, procurando não esquecer nada em meio de tanto sono. Roupa de borracha? Ok. Parafina? Ok. Água? Ok. Protetor Solar? Ok. Prancha!????? OK!!!!!!!!!!! Prontos, lá vamos nós serra abaixo.
Parada estratégica no Frango Assado para um básico pão na chapa, por que sem ele o dia não começa igual. Agora sim, de barriga forrada, fomos embora para as ondas.
O destino de terça foi um pouco diferente do que de costume, resolvemos que aquela terça era “dia de Píer”. E fomos direto para Mongaguá, buscar as ondas. O tempo na estrada passou rapidinho, logo já estávamos lá analisando de qual lado do píer iríamos cair. Lado direito ou esquerdo.
Por incrível que pareça essa escolha é meio difícil, por que os dois lados são bem diferentes, por conta da formação do fundo de areia que se junta próximo as colunas do píer. Depois de alguns minutos discutindo resolvemos que o melhor era encarar o lado esquerdo. E realmente acertamos.
Apesar de ter boas ondas, a distância para encontrar-las era ridiculamente longe. Sinceramente era longe demais, cansava o corpo e a mente remar tanto, mas tanto sacrifício valeu muito a pena, por que as ondas, mesmo não estando perfeitas, estavam ótimas, abrindo por “quilômetros” e com bom tamanho.
As séries que vinham já quebrando desde fora do píer vinham com um pouco mais de um “metrão”, com uma fase linda, lisa, e que mostrava todo o potencial de um dos picos mais clássicos do litoral paulista, e o mais impressionante é que ainda nos dias de hoje, surfamos sozinhos!
Quem abriu o dia foi meu “Irmão” Alexandre Max, remou em uma bela onda, com classe em seu longboard. Mas as boas ainda estavam por vir. Numa delas ele acertou uma das manobras mais plásticas do esporte, um Hang Five (um pé no bico da prancha) por vários segundos, cheio de estilo e controle. Show de surfe!
Também tive a oportunidade de surfar boas ondas, tanto para direita como para a esquerda, realmente estava um playground. Surfei 3 ondas que vão demorar muito para sair da mente, 2 direitas e uma esquerda onde acertei uma rasgada, não no lugar perfeito da onda mas que jogou bastante água, realmente essa é uma sensação insana!
Uma das direitas foi uma onda muito longa onde consegui encaixar 4 manobras de retorno, o chamado Cut Back, quando sai da onda, minhas pernas queimavam e a visão da distância da arrebentação indicava o quanto havia surfado naquela onda.
A última onda a sair da memória foi uma direita onde acelerei tudo que a prancha me permitia, sentindo o vento no rosto e aquela parede lisa e perfeita a frente, consegui colocar a “quinta marcha” e fui embora, até a hora da junção (quebra da onda), onde dei uma batida cheia de velocidade, pena que não consegui finalizar, por que se tivesse, esse texto seria só sobre a sensação de acertar uma manobra como essa!
Depois de 3 horas e pouco de surfe era hora de voltar para São Paulo, se despedir das ondas e reencontrar a loucura da cidade. Mas uma fuga dessas fica na memória por um bom tempo, assim como a diversão, as ondas, o companheirismo, a amizade, as risadas...
Valeu Max, por mais uma manhã de terça com muito sol e ondas, longe de Sampa!!!