Já aviso: Este é um texto pesado, com palavreados pesados, é um texto denso e odioso, de um momento ruim que passei antes da semana do feriado. Várias e várias re-li esse texto pensando se o postava ou não, a realidade é que nunca me privei de nada, e por esses princípios este texto vem a ser publicado, não fique envergonhado caso não queira ler-lo, são apenas palavras humanas ditas (ou escritas) em um dia de fúria.
UM DIA DE FÚRIA
As vezes tenho vergonha de ser um” humano”, somos cheios de ponpa, verdadeiros, que possuem o dom de pensar, imbecis – eu penso em minha cabeça. Nada disso importa. As vezes gostaria de ser uma ave irracional e viver lá em cima alheio de toda essa merda daqui de baixo.
A verdade é que existem pessoas boas no mundo, disso eu não tenho dúvida, mas que todas as coisas para estas pessoas são mais difíceis, são, e também, são sempre ordinários os resultados. Bom mesmo é ser do mau, foder com as pessoas!
Ética? É o escudo desses caras, e atrás de falsos valores que estes ratos se escondem e assim que podem, te metem uma bala nas costas.
Como diria o verso da música do Korn que escuto agora, “God make me a Iron Man”, “Deus me fez um homem de ferro” essas balas não me matam, mas me ferem profundamente, as feridas cicatrizam, mas a bala fica e nunca me esqueço do “humano” que estava por detrás da pistola.
Pistola, sistema, corrupção, inveja, que porra é tudo isso? Fomos nós que inventamos, mas não se esqueça de somar a violência inescrupulosa, o trânsito, dos vazamentos de óleo que ninguém liga, que mundo é esse, PARA PORRA, Para que eu quero descer!
Descer? Não, não, não, melhor, eu quero um abraço, eu quero amor, para lavar um pouco todo esse ódio que me consume nesse momento, para conseguir engolir mais essa maldade e voltar a salivar, para voltar a respirar o mais puro oxigênio, por que não agüento mais respirar esse ar podre que entra no meu organismo nesse exato momento.
Queria ter asas, queria poder levar todos aqueles que me amam, todos aqueles que eu amo, todos aqueles que são bons de coração e espírito para bem longe, para longe de crises, drogas, putas, ratos, subornos, dívidas, para um lugar onde possa cortar um pé de alface ou tomate puro, vindo da terra, sem agrotóxicos e outras merdas, onde possa sacrificar um animal para me alimentar e alimentar todos os meus entes queridos, falando ao seu ouvido o quanto ele foi valente e é importante para minha família, que sua morte não foi em vão, como os antigos índios faziam.
Como queria ter asas, para nunca mais ficar preso em uma lata de ferro com rodinhas, num transito infernal e sem sentido. Queria poder sumir, e aparecer novo em folha, como se nada tivesse acontecido. Queria poder impedir que alguém bom sofresse de maldades alheias, que pudesse evitar a inveja.
Queria poder viver leve, sem saber que existem pessoas que me odeiam que apenas querem o meu mal, simplesmente por que de alguma fora se amedrontaram. Queria poder extinguir o ódio, o medo, a inveja e a cobiça, queria poder viver em um mundo perfeito.
Queria, mas não posso. Queria que meus filhos vivessem em um futuro tranqüilo cheio de amor, mas não adianta nem sonhar, por que essas merdas sempre existirão enquanto nos “humanos” formos o topo da cadeia alimentar, e não adianta chorar.
Levanta porra! Lembro-me de Balboa, “A vida nos derruba e valente é quem sabe levantar-se de novo, e de novo, e de novo, e de novo”. Então, levanta porra! Esse foi o mantra que me moveu o dia todo, e já to de pé. “Amigo” você não me derrubou, e não vai me derrubar, continuo em frente, mais uma ferida fechou-se, mais uma cicatriz nas costas, mais um rosto puto na memória.
Dia de fúria!? Passou, hora de abrir uma cerveja, afinal, já estou rodeado de bons seres humanos, pessoas de verdade.
Fé? Abalou, não posso dizer que não, não vejo o mundo da mesma forma, mas ainda acredito em uns poucos que podem mudar esse mundinho imundo e safado!
Levanta porra!