"Surfar é uma arte e há muitas linhas diferentes para desenhar em uma onda" Kelly Slater







segunda-feira, 5 de julho de 2010

Paraty – Parte 1.



Nunca tinha pisado em uma cidade com tanta história, a verdade é que me apaixonei pela pequena Paraty.


A viagem é longa, mas passou rápida, principalmente pelo visual deslumbrante da estrada Rio-Santos, que a partir de Ubatuba é um show de montanhas, praias, desfiladeiros, coisa divina.


A chegada a Paraty foi meia desesperada, chegamos na sexta feira as 11 e meia da manha, para os menos avisados, o Brasil estava em campo contra a Holanda e vencia o jogo por 1x0, chegamos já felizes, curtindo a galera em uma praça vendo o jogo na frente de um barzinho, vendo é figura de linguagem por que estávamos longe da TV de 20 e poucas polegadas.


Estava tudo perfeito, cerveja gelada, e Brasil vencendo. Mas o segundo tempo veio, e a virada também, 2x1, tristeza e raiva momentânea, a vida segue, e para nós seguia em um paraíso histórico.


O dia seguinte seria o dia mais mágico, mas antes, a janta em Paraty. Paraty de noite talvez seja ainda mais bonita que de dia, suas ruas ficam escuras, apenas iluminadas pelos lampiões que em algum dia eram de vela e fogo, hoje, a luz elétrica simplificou um pouco.


Após caminhar pelas difíceis ruas de Paraty, por que são todas de pedras, encontramos um restaurante chamado Santa Trindade, um lugar apaixonante, simplesmente mágico, com um atendimento de primeiríssima realizado pelo nosso amigo local Wagner. A culinária é perfeita, a carta de vinhos também. Espetacular.


Bom o dia seguinte veio, e com certeza esse sábado dia 03 de julho não sairia mais de minha cabeça.


O itinerário seria conhecer algumas praias de Trindade, porém, não fazia idéia o que vinha pela frente. Trindade é super perto de Paraty, são 23 km de estrada pela Rio-Santos e mais uns 8 km pela serrinha “deus me livre” que da direto na praia do Cepilho.


A chegada na praia do Cepilho é simplesmente mágica, me flagrei pulando na van de tanto tesão do que via, altas ondas, um visual incrível, mas não, não surfei nesse pico mágico, e por mais que tenha ficado sofrendo por alguns minutos, logo percebi que não seria necessário ou que realmente iria me fazer falta.


Subimos em pedras, tiramos fotos nas alturas, rimos, brincamos, até que seguimos para a Praia do Meio, outra praia maravilhosa de trindade, onde subimos em mais pedras, e curtimos as ondas explodindo no costão, a vista do pé da montanha, que é uma formação na montanha que tem cinco pedras, que formam certinho os dedos do pé esquerdo, impressionante.


Próxima parada, piscina natural do Cachadaço. A praia do Cachadaço é uma praia histórica, que antigamente, quando Paraty era a porta de saída de todo o ouro extraído de Minas e do Rio, era um refúgio de piratas franceses e espanhóis. O nome Cachadaço vem de encontro com a idéia de uma caixa de aço, ilusão a proteção que os Piratas sentiam.


Diz a lenda que há em Trindade um tesouro perdido de uma antiga esquadra de Piratas, que usavam a praia do Cachadaço como esconderijo, porém ninguém ainda encontrou, ou se encontrou ninguém falou nada.


Depois de uns 30 minutos de trilha, muito bem aberta por sinal, com apoios e degraus para facilitar o acesso, chegamos a piscina natural do Cachadaço, onde pude nadar com um cardume de peixes lindos que simplesmente pareciam não se importar com a minha presença.


Após dessa aventura, um file de peixe (não me lembro o nome, infelizmente, mas era um peixe local) com legumes, Skol e aquela paz no espírito de ter estado em um lugar com tanta história e tão lindo.


O retorno foi meio penoso, afinal, a vontade de continuar por dias lá era enorme.


Mas ainda tínhamos sábado a noite, e domingo...


Fica para uma outra história... aguardem...


PS. Nota triste, a goleada sofrida pela Argentina para a Alemanha, injusto!!!

Surfer Dude.



Estava na última quinta feira de total bobeira, vendo televisão depois de jantar, quando procurando alguma coisa para distrair os olhos, encontro um filme chamado “Profissão Surfista” (Surfer Dude em inglês), logo pensei, melhor que nada, doce engano.


As primeiras cenas são muito bacanas, um cara surfando de longboard fazendo nose-riders com perfeição nas esverdeadas águas da Califórnia. Admito que cheguei a ficar entusiasmado e até cheguei a pensar, como esse filme passou e nunca o vi, a resposta viria mais tarde.


A história é sobre uma “lenda” de Malibu chamado Steve Addington (Matthew McConaughey), que volta de uma série de viagens nos melhores picos do mundo. Sua chegada desperta um entusiasmo em todos seus amigos, e logo caem no mar para surfar.


Última parte boa do filme.


O que segue a partir desse momento é uma série de bobagens (incluindo um reality show de vídeo game!!!!) onde mais uma vez o Surfista é colocado com um maconheiro e vagabundo sem limites. Pois é, não tenho nada com quem fuma ou com quem leva a vida de um jeito despretensioso ou até mesmo vagabundo, mas acho que essa imagem do surfista drogado e vagabundo passou, ou pelo menos é o que eu pensava até então.


O Surfista sempre foi símbolo de liberdade, de contra cultura e ultimamente via dessa forma, o ser mais livre do mundo, que corria o mundo atrás das ondas, atrás dessa liberdade, muitas vezes confrontando tudo e todos para realizar esses sonhos, mas o filme acaba com essa imagem, coloca apenas um cara, babacão, drogado, vagal, desesperado atrás de ondas.


Não digo que muitos surfistas se utilizam da maconha (exemplo) para expandir a mente, abrir seus olhos para outras coisas, mas acima de tudo, o surfista é um ser saudável que cuida de seu corpo e mente, por que afinal de contas, o catalisador do prazer das ondas é o corpo, é o meio de ligação entre a natureza e a mente.


Ah, até tem uns momentos engraçados, mas é duro de engolir esse filme, é duro por que atinge todos que curtem surfar, que sabem a real “vibe” de surfar, pena que o filme, provavelmente produzido por alguém que nunca surfou na vida, não consegue passar essa imagem, que na boa, não é difícil.


As imagens do começo e do final do filme são o retrato do que é surfar, da paz do surfe, da tranqüilidade e da harmonia que pode ser o surfe, o bale em cima da água.


Surfer Dude, Profissão Surfista, não esta com nada!!!!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Eterno Flat.

... em direção a elas ... saudades ...


O inverno chegou? Tem certeza disso? Que coisa, não sou assim um amante do frio, mas com o inverno e suas quase insuportáveis frentes frias, vem de bônus as ondas, sendo o período mais constante para a prática do surfe, mas cadê?


Como um amigo descreveu bem, virei um caçador de swell’s pela internet, tendo alguns bons sites na manga para as periódicas consultas, e o que se vê é um eterno FLAT que significa nada de ondas pelo menos até o meio da semana que vem!


Tá tudo bem, pelo menos temos Copa do Mundo, opa, espera, nem isso, hoje não houve jogos, amanha também não há, caramba, e agora, nada para fazer nas férias de trabalho, além é claro de colocar o sono em dia.


Mas já será a segunda semana sem surfe, oh, m....


O pior meu caro amigo, é que nessas férias tanto falei que seria perfeito, tantos dias agendados para a caça real das ondas, fora do computador, exercendo aquele instinto índio que todo surfista tem, indo a caça dos melhores momentos de prazer, mas e ai, quando começa o inverno para que isso aconteça?


Espero que não só o frio apareça, mas que também as ondas.


Pelo menos esse final de semana não vai ter onda, vou viajar sem minha prancha, apenas com minha amada, assim, é sempre mais gostoso viajar, sem preocupações, sem ter que abandonar meu amor por “horas a fio” sentada na areia, quem mandou namorar com um surfista (risos), não pode reclamar.


Quem sabe netuno sai de seu profundo sono semana que vem e venha finalmente o primeiro swell de inverno, não precisa ser nada magnífico nem de outro mundo, nem com o tamanho de prédios flutuantes, pode ser um simples mar onde possa entrar, sentar, desfrutar da paz que existe lá no fundo do mar, e por que não, deslizar livremente pelas ondas...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

11 horas e 05 minutos. Tá bom ou quer mais?

Fazia muito tempo que não escrevia sobre esportes, afinal, após o fim Blog Olímpico esses temas acabaram ficando um pouco de lado, mas a pedidos especiais de minha mãe, vem a tona mais um texto esportivo.

Devo confessar que fiquei extremamente surpreso ao ler a notícia no UOL Esportes, nesse momento nossos olhos estão voltados apenas a Copa do Mundo que vem sendo realizada na África do Sul, porém existem outros campeonatos acontecendo pelo mundo, um deles é o tradicional torneio ATP de Wimbledon, na Inglaterra.

Na primeira rodada do torneio aconteceu uma quebra de recorde, que acredito que demorara demais para ser quebrada. O jogo entre o norte americano Jonh Isner e o francês Nicolas Mahut, durou apenas 11 horas e 05 minutos, o jogo mais longo da história do Tênis mundial.

O jogo foi dividido em 3 dias, por um motivo só, a falta de iluminação natural, ainda bem né, imagina esses caras jogando por 11 horas seguidas? Fala sério...

O legal é que além do tempo de jogo, outros tantos recordes foram pulverizados como, por exemplo, a quantidade de aces durante a partida, 112 aces para o Isner e 103 para Mahut, impressionante.

Após o jogo, os atletas se rasgaram em elogios, "O cara [Mahut] é um guerreiro absoluto. Quero partilhar este dia com ele, foi uma honra absoluta. Desejo a ele o melhor", elogiou Isner, enquanto seu “adversário” disse, "Foi simplesmente fantástico jogar hoje (...) torcida foi incrível nos últimos três dias. Vocês estavam completamente fantásticos. John merecia a vitória. Ele sacou incrivelmente".

Pena esse jogo ter acontecido em plena Copa, já que nesse mês, qualquer feito esportivo será mero complemento de notícia, já que todos os holofotes estão voltados para a terra de Mandela (sem críticas, por que sou um apaixonado por Copas).


terça-feira, 22 de junho de 2010

Um Viva aos finais de semana! (Pena que eles acabam!)

A separação havia sido longa, eram 21 dias sem ver-las, 21 dias de desespero puro. Mas elas estavam lá nesse último sábado, é claro, que mais uma vez falo das ondas.

A verdade é que posso estar me tornando um cara extremamente repetitivo, mas é que em dias tão rotineiros, a fuga ao mar torna-se um alicerce para agüentar o dia-a-dia.

É impressionante como mudo depois de um bom “banho” de mar, como mudo ao surfar mesmo que uma onda se quer. Caso claro desse último sábado.

Acordo com o som do vento as 7 e meia da manha, já me levanto, mas sem pressa. Arrumo minhas coisas e um pouco antes do inicio do jogo da Holanda contra o Japão, tomo meu rumo a praia. Dessa vez, era apenas uma caminhada, nada de estrada, e angustia, eram poucos minutos que me separavam do outside.

Mas estava preocupado, já de cara via que o vento soprava com muita vontade, e me lembrei que havia acordado com uma porta batendo por causa do mesmo. Quando cheguei a areia comprovei meu receio, estava ventando pacas.

As ondas estavam lá, mas o vento estava causando. A “sorte” era que o vento, como previsto, estava terral, ou seja, soprava do continente, o que proporcionava um visual alucinante, tipicamente Havaiano.

Lá trás vi que a sorte não era bem sorte, o vento soprava tão forte que era quase impossível surfar, simplesmente o vento não deixava entrar nas ondas. Resultado, surfe escasso a manha toda.

O legal mesmo ficou no reencontro no mar de dois velhos amigos que a muito tempo não dividiam o outside, e juntos puderam apreciar o espetáculo proporcionado pelo vento.

A manha passou extremamente rápida, entre entretidos papos e momentos de silêncio, não aqueles momentos de silêncio constrangedores, mas sim, momentos de pura apreciação do momento. Afinal, o visual estava cinematográfico.

Depois do surfe, e uma despedida tipicamente caiçara, um ainda dentro do mar e o outro já lá no inside, cada um seguiu seu rumo, um para Sampa, e eu para a casa da praia. Cerveja e churrasco me esperavam, assim como, amigos, a mulher amada e minha filhota e sua amiguinha.

Um bom final de semana, com bom surfe, bons jogos, boas risadas, pena que hoje já é terça e o estresse de uma vida “aprisionada” ao comum e ordinário acaba por tomar conta do coração e da alma. Ainda bem que faço o que amo, imagino as pessoas “presas” em trabalhos e rotinas fazendo coisas que odeiam, eu não agüentaria. Sorte a minha!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Blog dos “zero” comentários.

Não me levem a mal, mas é estranho escrever tanto sem obter respostas, mesmo que esporádicas, sobre um bom texto, ou sobre um texto ruim.

Tenho saudades de abrir meu blog – coisa que faço todos os dias – e encontrar um comentário, alguém dividindo um pouquinho as coisas ditas por mim. Sinto-me sozinho neste blog, sinto que escrevo e ninguém lê.

Sei que tenho visitantes, sei até que tenho seguidores, afinal Lucas e Berbel aparecem como meus fieis seguidores no final da página, mas e os outros, quem são? Será que existem?

Não estou criticando, muitíssimo pelo contrário, não é o intuito desse texto, a idéia deste, é conversar um pouco, saber se gostam ou não do novo deslizando nas ondas, se gostam dos meus textos e da forma que venho escrevendo.

Sei lá, de repente me veio na mente o título desse texto, o Blog dos 0 comentários, afinal, todos os textos acompanham ao seu final aparece, 0 comentários.

Quem sabe aparece um por ai...

Essa semana já começa a Copa, sábado ia ser dia de surfe, mas Argentina e Nigéria vão me obrigar a ficar em casa, tudo bem, o mar ia estar uma enorme batedeira esse final de semana, previsão, passar dos 4 metros de onda no domingo, como não tenho um Jet-Ski para fazer Tow-In (surfe rebocado), vou ficar no conforto do meu lar.

E para todos os casais de namorados que lêem este humilde blog, desejo que sábado seja um lindo dia para vocês, mas cuidado, com as enormes filas nos restaurantes e em outros lugarzinhos estratégicos, paciência, afinal, somos muitos nessa megalópole, mas dica, um vinho tinto nesse frio vai bem!

Até...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dia de Fúria


Já aviso: Este é um texto pesado, com palavreados pesados, é um texto denso e odioso, de um momento ruim que passei antes da semana do feriado. Várias e várias re-li esse texto pensando se o postava ou não, a realidade é que nunca me privei de nada, e por esses princípios este texto vem a ser publicado, não fique envergonhado caso não queira ler-lo, são apenas palavras humanas ditas (ou escritas) em um dia de fúria.


UM DIA DE FÚRIA


As vezes tenho vergonha de ser um” humano”, somos cheios de ponpa, verdadeiros, que possuem o dom de pensar, imbecis – eu penso em minha cabeça. Nada disso importa. As vezes gostaria de ser uma ave irracional e viver lá em cima alheio de toda essa merda daqui de baixo.


A verdade é que existem pessoas boas no mundo, disso eu não tenho dúvida, mas que todas as coisas para estas pessoas são mais difíceis, são, e também, são sempre ordinários os resultados. Bom mesmo é ser do mau, foder com as pessoas!


Ética? É o escudo desses caras, e atrás de falsos valores que estes ratos se escondem e assim que podem, te metem uma bala nas costas.


Como diria o verso da música do Korn que escuto agora, “God make me a Iron Man”, “Deus me fez um homem de ferro” essas balas não me matam, mas me ferem profundamente, as feridas cicatrizam, mas a bala fica e nunca me esqueço do “humano” que estava por detrás da pistola.


Pistola, sistema, corrupção, inveja, que porra é tudo isso? Fomos nós que inventamos, mas não se esqueça de somar a violência inescrupulosa, o trânsito, dos vazamentos de óleo que ninguém liga, que mundo é esse, PARA PORRA, Para que eu quero descer!


Descer? Não, não, não, melhor, eu quero um abraço, eu quero amor, para lavar um pouco todo esse ódio que me consume nesse momento, para conseguir engolir mais essa maldade e voltar a salivar, para voltar a respirar o mais puro oxigênio, por que não agüento mais respirar esse ar podre que entra no meu organismo nesse exato momento.


Queria ter asas, queria poder levar todos aqueles que me amam, todos aqueles que eu amo, todos aqueles que são bons de coração e espírito para bem longe, para longe de crises, drogas, putas, ratos, subornos, dívidas, para um lugar onde possa cortar um pé de alface ou tomate puro, vindo da terra, sem agrotóxicos e outras merdas, onde possa sacrificar um animal para me alimentar e alimentar todos os meus entes queridos, falando ao seu ouvido o quanto ele foi valente e é importante para minha família, que sua morte não foi em vão, como os antigos índios faziam.


Como queria ter asas, para nunca mais ficar preso em uma lata de ferro com rodinhas, num transito infernal e sem sentido. Queria poder sumir, e aparecer novo em folha, como se nada tivesse acontecido. Queria poder impedir que alguém bom sofresse de maldades alheias, que pudesse evitar a inveja.


Queria poder viver leve, sem saber que existem pessoas que me odeiam que apenas querem o meu mal, simplesmente por que de alguma fora se amedrontaram. Queria poder extinguir o ódio, o medo, a inveja e a cobiça, queria poder viver em um mundo perfeito.


Queria, mas não posso. Queria que meus filhos vivessem em um futuro tranqüilo cheio de amor, mas não adianta nem sonhar, por que essas merdas sempre existirão enquanto nos “humanos” formos o topo da cadeia alimentar, e não adianta chorar.


Levanta porra! Lembro-me de Balboa, “A vida nos derruba e valente é quem sabe levantar-se de novo, e de novo, e de novo, e de novo”. Então, levanta porra! Esse foi o mantra que me moveu o dia todo, e já to de pé. “Amigo” você não me derrubou, e não vai me derrubar, continuo em frente, mais uma ferida fechou-se, mais uma cicatriz nas costas, mais um rosto puto na memória.


Dia de fúria!? Passou, hora de abrir uma cerveja, afinal, já estou rodeado de bons seres humanos, pessoas de verdade.


Fé? Abalou, não posso dizer que não, não vejo o mundo da mesma forma, mas ainda acredito em uns poucos que podem mudar esse mundinho imundo e safado!


Levanta porra!