"Surfar é uma arte e há muitas linhas diferentes para desenhar em uma onda" Kelly Slater







quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Santa Terça!



Fazia já um tempo que não fugia um pouco do mundo, que não abandonava essa cidade louca para a calma do mar. Terça feira passada foi um desses dias de fuga, fuga para o azul do mar.

Cinco e meia da manhã e já estava de pé, arrumando tudo, procurando não esquecer nada em meio de tanto sono. Roupa de borracha? Ok. Parafina? Ok. Água? Ok. Protetor Solar? Ok. Prancha!????? OK!!!!!!!!!!! Prontos, lá vamos nós serra abaixo.

Parada estratégica no Frango Assado para um básico pão na chapa, por que sem ele o dia não começa igual. Agora sim, de barriga forrada, fomos embora para as ondas.

O destino de terça foi um pouco diferente do que de costume, resolvemos que aquela terça era “dia de Píer”. E fomos direto para Mongaguá, buscar as ondas. O tempo na estrada passou rapidinho, logo já estávamos lá analisando de qual lado do píer iríamos cair. Lado direito ou esquerdo.

Por incrível que pareça essa escolha é meio difícil, por que os dois lados são bem diferentes, por conta da formação do fundo de areia que se junta próximo as colunas do píer. Depois de alguns minutos discutindo resolvemos que o melhor era encarar o lado esquerdo. E realmente acertamos.

Apesar de ter boas ondas, a distância para encontrar-las era ridiculamente longe. Sinceramente era longe demais, cansava o corpo e a mente remar tanto, mas tanto sacrifício valeu muito a pena, por que as ondas, mesmo não estando perfeitas, estavam ótimas, abrindo por “quilômetros” e com bom tamanho.

As séries que vinham já quebrando desde fora do píer vinham com um pouco mais de um “metrão”, com uma fase linda, lisa, e que mostrava todo o potencial de um dos picos mais clássicos do litoral paulista, e o mais impressionante é que ainda nos dias de hoje, surfamos sozinhos!

Quem abriu o dia foi meu “Irmão” Alexandre Max, remou em uma bela onda, com classe em seu longboard. Mas as boas ainda estavam por vir. Numa delas ele acertou uma das manobras mais plásticas do esporte, um Hang Five (um pé no bico da prancha) por vários segundos, cheio de estilo e controle. Show de surfe!

Também tive a oportunidade de surfar boas ondas, tanto para direita como para a esquerda, realmente estava um playground. Surfei 3 ondas que vão demorar muito para sair da mente, 2 direitas e uma esquerda onde acertei uma rasgada, não no lugar perfeito da onda mas que jogou bastante água, realmente essa é uma sensação insana!

Uma das direitas foi uma onda muito longa onde consegui encaixar 4 manobras de retorno, o chamado Cut Back, quando sai da onda, minhas pernas queimavam e a visão da distância da arrebentação indicava o quanto havia surfado naquela onda.

A última onda a sair da memória foi uma direita onde acelerei tudo que a prancha me permitia, sentindo o vento no rosto e aquela parede lisa e perfeita a frente, consegui colocar a “quinta marcha” e fui embora, até a hora da junção (quebra da onda), onde dei uma batida cheia de velocidade, pena que não consegui finalizar, por que se tivesse, esse texto seria só sobre a sensação de acertar uma manobra como essa!

Depois de 3 horas e pouco de surfe era hora de voltar para São Paulo, se despedir das ondas e reencontrar a loucura da cidade. Mas uma fuga dessas fica na memória por um bom tempo, assim como a diversão, as ondas, o companheirismo, a amizade, as risadas...

Valeu Max, por mais uma manhã de terça com muito sol e ondas, longe de Sampa!!!

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