O surfe anda meio sozinho ultimamente.
Os antigos bate-voltas de carro lotado viraram uma lenda urbana, ou praieira...
Esse domingo foi dia de surfe, já que o sábado tinha sido de trabalho. A esperança era de encontrar alguma coisa surfável no meio do frio da manhã. E como estava frio.
Sigo para minha praia predileta, da qual já encontrei os melhores mares da vida, assim como mares que não valiam a saída da cama. Chego a portaria do condomínio que da acesso a praia e penso, PUTZ, ESQUECI A PARAFINA! Não podia ser sinal pior.
Parei no shoppingzinho que tem no condomínio, com poucas esperanças de encontrar alguma coisa aberta, já que eram ainda 7 e meia da manhã. Paro na banca de jornal, e penso: - Todas as bancas de jornal na praia têm parafina... Aqui deve ter também! E tinha... Ainda bem!
Com a parafina garantida, agora era vestir a roupa e encontrar algumas ondas surfáveis. Coloco no último volume, Paradise City, uma versão do CD novo do Slash, que ficou animal. O riff é irresistível, chego a praia, e encontro uma galera se arrumando, todos em silêncio. O som bruto da guitarra de Slash acorda a galera, sorrisos logo despertam.
- Sou louco mesmo, algum problema?! Penso em voz alta dentro do carro.
Pulo rápido do carro e vejo altas ondas quebrando, nem espero muito, não há nada para ver, apenas sair correndo para surfar!
Pego minha roupa de borracha, visto, passo parafina na prancha, e ai na hora de guardar a chave num bolso que tem na perna da roupa, descubro que houve uma oxidação no zíper. Fico puto na hora, como pode! Tiro a roupa, bermuda e lycra, e muito frio!
Foram 4 horas de muito surfe, no meio do crowd da galera no píer. Mas mesmo assim, sobrou muita onda boa, o mar estava beirando a perfeição, ondas abrindo muito, direitas e esquerdas, incríveis!
Batidas e rasgadas nas paredes solidas que estavam lá, sem frescura entrando na bancada de areia. Irado!
O sol tímido não fazia com que o frio passasse, e a tremedeira logo me pegou, a solução era remar para todos os lados, assim, o frio ficava controlável, mas o cansaço acabou pegando.
O triste disso tudo é não ter ninguém ali no mar para curtir junto, para ver as manobras, para dar aquele grito insano a cada onda, a cada caldo. Mas tudo bem, ao mesmo tempo o surfe sozinho, nos faz aproximar com o “seu interior”.
Papo esquisito, mas é verdade.
chamar os brother de vez em quando, ow mandar uma sms, nao custa mto nao viu? so apenas 0,30 centavos, viado... e nois.
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